Neste primeiro momento, dez menores (de zero a 18 anos) foram acolhidos nos Lares Coasseje, embora a capacidade dos dois imóveis seja para 20 assistidos. Diferente dos antigos orfanatos e abrigos, o novo modelo de serviço de acolhimento prevê aproximar as crianças de ambientes que lembram uma casa. “A ideia é que eles sigam a rotina como de uma família. São, no máximo, 10 menores por casa, com cuidados 24 horas por dia, incluindo ir à escola, passar por rotina de saúde, cuidar da individualidade de cada um, o mais próximo possível de um ambiente familiar”, explica Beatriz Betoli Bezerra, psicóloga da Secretaria de Ação Social e Desenvolvimento Humano.
Crianças e adolescentes assistidos são acolhidos quando constatada a situação de violência, negligência ou abuso dentro de casa. É feita uma intervenção do Conselho Tutelar e da Vara da Infância e Juventude. Ao detectar que não podem continuar junto da família, o juiz destina para o serviço de acolhimento.
Na Instituição funcionarão ainda dois projetos: o grupo de apoio à adoção, que é formado por famílias interessadas em adotar um filho; e o apadrinhamento afetivo, que reúne pessoas que querem interagir com os assistidos, auxiliando na sociabilidade e convivência familiar.
Ajuda
O presidente da Coasseje/Socorristas, Antonio Orlando Cioldin, explicou que os lares precisarão de mantimentos, móveis, doações em dinheiro e de notas fiscais convertidas em repasses do governo estadual. Os recursos para pagamento dos 25 funcionários virão de um convênio com a Prefeitura de Americana, mas as demais despesas dependem de contribuições espontâneas e de eventos. “Toda ajuda será bem-vinda, especialmente agora que recebemos a informação que os valores da Nota Fiscal Paulista, que deveriam entrar em outubro, o governo do Estado só vai repassar em abril do ano que vem. Então, contamos com toda a ajuda possível da sociedade americanense”, completa.